Cinema

VÍDEO-Cannes: ‘O Agente Secreto’ ganha melhor ator, com Wagner Moura, e direção

O filme brasileiro “O Agente Secreto” ganhou dois prêmios no Festival de Cannes. A primeira vitória veio com Wagner Moura, como melhor ator. Em seguida, Kleber Mendonça Filho foi consagrado como melhor diretor desta edição do evento. O prêmio de melhor ator é inédito para o país —que já teve atrizes laureadas, mas não homens. No quesito direção, Kleber é o segundo a vencer em Cannes —Glauber Rocha levou o prêmio em 1969 por “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”.

A Palma de Ouro, prêmio máximo do festival foi para o filme “A Simple Accident”, de Jafar Panahi. A conquista foi emocionante, tendo em vista a trajetória marcante do diretor iraniano, que foi preso, condenado e proibido de fazer filmes e viajar nos últimos anos, devido ao seu cinema contestador.

No caso dos prêmios brasileiros, Kleber subiu ao palco pela primeira vez para receber o prêmio por Wagner Moura, que não foi à premiação por estar nas filmagens do longa “11817”, de Louis Leterrier.

Eu fui muito, muito sortudo de ter a oportunidade de trabalhar com o Wagner Moura. Ele é um grande ator e uma ótima pessoa. Eu o amo muito e espero que O Agente Secreto traga muitas coisas para ele.
Kleber Mendonça Filho

“O Agente Secreto” foi exibido no último domingo em Cannes e teve 13 minutos de aplausos de pé. O longa chamou a atenção da imprensa francesa, que o chamou de “virtuoso” e “espetacular”. Veículos, como a BBC, já o colocam na corrida pelo Oscar 2026.

Mais cedo, o longa foi considerado o melhor filme do festival pelo júri da Fipresci, principal associação de críticos de cinema do mundo e também ganhou o Prix des Cinémas Art et Essai, da Associação Francesa de Cinemas de Arte e Ensaio. O júri que definiu o vencedor foi presidido pela atriz Juliette Binoche.

O reconhecimento em Cannes veio na quinta participação de Kleber Mendonça Filho no festival. Em 2019, ele já havia sido laureado com o Prêmio do Júri por “Bacurau”, codirigido com Juliano Dornelles. Seus filmes “O Som ao Redor”, “Aquarius” e “Retratos Fantasmas” também passaram por Cannes, mas só agora veio o prêmio inédito de melhor diretor.

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