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Duplicação da BR-316 entre Caxias e Teresina volta ao debate após série de acidentes fatais

A BR-316, no trecho entre Caxias e Timon, na divisa com Teresina (PI), tem sido cenário de constantes tragédias. Conhecida como “estrada da morte”, a rodovia é palco frequente de acidentes, muitos deles com vítimas fatais, principalmente em colisões frontais.

A situação é crítica não só pela movimentação intensa de veículos, mas também pela importância estratégica da via. Mais de um milhão de maranhenses da região dos Cocais e do leste maranhense dependem diariamente dos serviços de Teresina, que fica a apenas 65 km de Caxias — muito mais perto do que a capital São Luís, distante 400 km.

Apesar dos riscos, esse é considerado um dos melhores trechos de rodovias no Maranhão em termos de qualidade do solo, o que permite um tráfego mais rápido e seguro em condições normais. No entanto, esse mesmo fator acaba tornando a rodovia ainda mais perigosa, já que a pista simples, aliada às longas retas e boa pavimentação, induz motoristas a excederem a velocidade, aumentando o risco de colisões frontais.

Diante desse cenário, volta à tona a necessidade urgente de duplicação da BR-316 no trecho Caxias-Timon/Teresina. O projeto é fruto de emendas individuais do senador Roberto Rocha, que há anos defende que essa é a única solução capaz de reduzir drasticamente os índices de acidentes, salvar vidas e garantir mais segurança e fluidez no trânsito da região

“Essa não é apenas uma rodovia, é um elo vital que conecta o Maranhão ao Piauí e ao restante do Nordeste. A duplicação não é mais uma opção, é uma urgência humanitária e econômica”, afirma o senador.

Uma questão de vida e desenvolvimento

A BR-316 não serve apenas como corredor de transporte. Ela é essencial para o escoamento da produção agrícola, acesso a serviços de saúde, educação e comércio. Com Teresina sendo o principal polo de atendimento para dezenas de municípios maranhenses, a sobrecarga na rodovia é inevitável — e os riscos, cada vez maiores.

Moradores da região relatam medo constante ao trafegar pela estrada. “A gente sai de casa sem saber se volta. Todo dia tem notícia de acidente”, lamenta José Mendes, motorista que faz o trajeto Caxias-Teresina semanalmente.

Mobilização social e política

Entidades civis, prefeitos, deputados e lideranças locais vêm reforçando a pressão sobre o governo federal e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para que o projeto de duplicação saia do papel. Audiências públicas e mobilizações sociais estão sendo organizadas para cobrar celeridade na obra, que há anos é prometida.

O desafio

Apesar de reconhecida como essencial, a obra esbarra em entraves burocráticos, orçamentários e na falta de prioridade na agenda federal. Enquanto isso, a BR-316 segue fazendo vítimas.

Para a população, o recado é claro: duplicar a estrada é salvar vidas, desenvolver a região e garantir dignidade aos milhares de maranhenses que dependem desse trecho todos os dias.

Blog Ilha Rebelde

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