Polícia

PF prende Daniel Vorcaro, dono do banco Master, e faz buscas no BRB

A Polícia Federal prendeu na noite de ontem, em Guarulhos (SP), o banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Banco Master

Ele estava no aeroporto e, segundo apurou a coluna, a PF descobriu a movimentação e antecipou a prisão, como parte da investigação aberta após descoberta de irregularidades pelo Banco Central no Banco Master. Vorcaro foi levado para a Superintendência da PF em São Paulo.

Também foi preso, na manhã de hoje, Augusto Ferreira Lima, que ocupou o posto de CEO no Master até o início das negociações para a venda do banco.

O BRB, o banco público de Brasília, foi alvo de buscas dos agentes da PF. Em setembro, o Banco Central rejeitou compra do Master pelo BRB.

A operação ocorre no mesmo dia em que o Banco Central decretou a liquidação do conglomerado e colocou o Banco Master sob regime de administração especial temporária por 120 dias. Apenas o Will Bank foi preservado devido ao interesse de investidores em adquirir o banco digital.

Outro lado: A coluna tenta contato com as defesas de Vorcaro e de Lima e com os bancos Master e BRB. O texto será atualizado em caso de manifestação.

“Compliance Zero”
A operação da PF foi batizada de Compliance Zero e cumpre sete mandados de prisão e 25 de busca e apreensão no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Minas Gerais.

Segundo a PF, o “objetivo de combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional”.

“As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Tais títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada”, afirma a PF.

São investigados os crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros.

Compra do Master
A operação da PF acontece um dia após um consórcio de investidores dos Emirados Árabes Unidos, em conjunto com o grupo de gestão de participações empresariais Fictor, anunciar a compra do Banco Master, com um aporte imediato de R$ 3 bilhões.

A operação já foi apresentada ao Banco Central e depende de aprovação do órgão e também do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

UOL

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