
Um dia após a prisão do ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques no Paraguai, durante uma tentativa de fuga, o ministro Alexandre de Moraes ordenou a prisão domiciliar de outros dez condenados pela trama golpista.
A PF (Polícia Federal) já cumpriu, na manhã de hoje, oito mandados. A coluna apurou que os alvos são:
Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, no Paraná;
Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército, na Bahia;
Marília Ferreira de Alencar, subsecretária de inteligência do Anderson Torres, no Distrito Federal;
Ângelo Martins Denicolli, major da reserva do Exército, no Espírito Santo;
Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército, no Tocantins;
Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel do Exército, no Rio de Janeiro;
Bernardo Romão Correa Netto, coronel do Exército, no Distrito Federal;
Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército, no Rio de Janeiro.
Os outros alvos de mandado de prisão, pelo STF, são o tenente-coronel do Exército Guilherme Marques Almeida e Carlos César Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal.
De acordo com a PF, além da prisão domiciliar, foram impostas medidas cautelares, como proibição de uso de redes sociais, contato com outros investigados, a entrega de passaportes, suspensão do porte de arma de fogo e o recebimento de visitas.
O objetivo é evitar tentativas semelhantes de fuga como a de Silvinei, preso no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, no Paraguai, com identidade falsa, após violar a tornozeleira eletrônica.
Em 16 de dezembro, o ex-diretor da PRF foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão, no contexto do julgamento do núcleo 2 da trama golpista.
Em publicação no X, Jeffrey Chiquini, advogado do ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, afirmou que a PF estava na casa de seu cliente.
Ele criticou a decisão do STF, dizendo que o ato “atenta contra o Código de Processo Penal e contra a Constituição Federal”. “No Brasil, agora se responde pela conduta de terceiros.
UOL



