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Tornozeleira de Silvinei Vasques é encontrada em rodoviária no Paraguai

A tornozeleira eletrônica do ex-diretor geral da PRF no governo Bolsonaro, Silvinei Vasques, foi encontrada pela polícia do Paraguai na rodoviária de Ciudad del Este. O ex-diretor da PRF foi preso no país após tentar fugir do Brasil para a América Central usando um documento falso.

O que aconteceu
Equipamento foi encontrado na madrugada de hoje por um funcionário de uma empresa de ônibus, que chamou policiais da delegacia do bairro Obrero. A informação foi confirmada ao UOL por autoridades brasileiras.

Tornozeleira estava pendurada na mangueira do banheiro de uma empresa de ônibus dentro do terminal, segundo a polícia local. A informação foi confirmada pelo subcomissário de polícia Fernando Valenzuela ao canal paraguaio ABC.

Polícia ainda não sabe quando o equipamento foi deixado no banheiro, mas imagens de câmeras de segurança serão analisadas para investigar quem abandonou a tornozeleira. Quando as autoridades perceberam que o aparelho era de procedência brasileira, eles acionaram a Polícia Federal, informou o subcomissário ao jornal.

Silvinei Vasques no momento da prisão.

A tornozeleira foi entregue ao Comando Tripartite, um sistema de cooperação policial do Brasil, Argentina e Paraguai, e vai passar por análise. A cidade na qual o equipamento foi achado faz divisa com Foz do Iguaçu (PR), na fronteira entre Brasil e Paraguai. Autoridades brasileiras checaram o equipamento e confirmaram que se tratava da tornozeleira utilizada por Vasque.

Ex-diretor da PRF foi preso no Paraguai
Vasques foi preso em tentativa de fuga em 26 de dezembro. Em 16 de dezembro, o ex-diretor da PRF foi condenado no STF a 24 anos e seis meses de prisão, no contexto do julgamento do núcleo 2 da trama golpista, pelos crimes de tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.

Alertas foram disparados após a PF identificar falta de sinal GPS na tornozeleira eletrônica, na madrugada do dia de Natal. Às 23h de 25 de dezembro, uma equipe da PF foi ao endereço de Vasques, e não o encontrou. O ministro do STF Alexandre de Moraes foi avisado e decretou a prisão preventiva.

Autoridades paraguaias o detiveram no aeroporto de Assunção. Em nota, a Polícia Nacional do Paraguai informou que prendeu Vasques após receber alerta do Comando Tripartite, um mecanismo de cooperação policial e de inteligência entre Brasil, Argentina e Paraguai.

Vasques tentava embarcar em um voo com documentos falsificados. O destino final seria El Salvador. As autoridades do Paraguai consultaram a Polícia Federal, que confirmou a identidade de Vasques. O ex-diretor-geral da PRF teria saído de Santa Catarina e ido de carro até a capital paraguaia.

Silvinei já foi condenado, mas os prazos para embargos da defesa ainda não foram concluídos. Por isso, a pena em regime fechado ainda não começou a ser cumprida.

Ex-diretor da PRF chegou a Brasília no dia 27, após deixar Foz do Iguaçu. Ele tinha sido transferido para a sede da PF na cidade paranaense após detenção no Aeroporto Internacional de Assunção, no Paraguai.

Atualmente ele está na “Papudinha”, ala da Penitenciária da Papuda destinada a policiais presos. Sua defesa pede para ele ser transferido para uma penitenciária em Santa Catarina, para ficar mais próximo da família. Pedido ainda não foi analisado por Moraes.

UOL

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