A Esquerda brasileira segue prestando vassalagem a seus ditadores
Parlamentares do PT e PCdoB embarcam para encontro em Caracas em apoio ao ditador Nicolás Maduro, o que pode piorar as relações entre Brasil e EUA.

Desde o início da década de noventa o Foro de São Paulo foi o assunto mais ocultado do debate público nacional. Sempre foi tratado ou como inexistente ou, segundo a Esquerda brasileira, como teoria conspiratória produzida por uma “claque de malucos” da Direita. Tudo isso fortificado pela classe acadêmica, classe artística e especialmente pela imprensa nacional, que não se continha em reafirmar que tudo era invencionice das viúvas do Marcartismo tupiniquim.
Pois bem, o tempo passou e o Foro de São Paulo foi afirmado como real pelos próprios criadores: Lula e Fidel Castro. Ambos professavam que foi graças às reuniões periódicas dos principais quadros da Esquerda latino-americana, que decidiu estratégias e diretrizes de ocupação do Poder na América Latina, é que foi possível eleger presidentes de esquerda e puderam implantar todas as determinações do Foro de São Paulo.
Então, movidos pelo espírito rubro-marxista, deputados do PT e do PC do B promovem mais um espetáculo grotesco do circo dos horrores da república das bananas: embarcaram para um encontro de parlamentares à Venezuela para prestar apoio ao ditador Nicolás Maduro, em virtude das pretensas investidas militares dos Estados Unidos. Este encontro será no dia 31 de outubro, em Caracas, e é mais uma articulação feita pelo Foro de São Paulo e pelo MST (movimento que tem estreitos laços com o ditador venezuelano).
Dentre os nomes dos “felizardos” que irão a este belicoso encontro vermelho estão os deputados federais Orlando Silva (PCdoB-SP) e João Daniel (PT-SE), que já estão conversando com outros parlamentares da Esquerda nacional para irem também a este evento. Segundo Ana Prestes, secretária de relações internacionais do PCdoB-SP (partido integrante do Foro de São Paulo) tanto a Venezuela quanto todo o continente sul-americano está sobre “ataque” por conta das manobras militares americanas no mar do Caribe. Ana Prestes acrescenta ainda que tais movimentações das forças militares dos EUA correspondem a uma ameaça a todos os países (traduzindo: aos países que fazem parte do Foro de São Paulo). É uma afirmação no mínimo boboca e carregada dos mórbidos clichês de militantes de centro acadêmico.
É compreensível o ímpeto fervoroso classista que move tais parlamentares a fazer tamanha sanha política, custeados com dinheiro público. Porém, parece que se esqueceram que os EUA não pretendem invadir um país como sendo um plano maquiavélico de dominação de territórios (como faz a Rússia contra a Ucrânia). A iniciativa americana é de captura e defesa nacional, porque o Nicolás Maduro é considerado chefe de cartel narcoterrorista com crimes praticados contra a nação americana. Outra coisa: Maduro se reelegeu presidente num pleito extremamente controverso, sem transparência e amplamente repudiado pela comunidade internacional. Logo, não é um democrata.
Muito provavelmente neste Encontro será produzido algum documento (tipo manifesto ou nota de repúdio) em resposta às ações americanas contra a tal soberania sul-americana, mas apenas para demarcar espaço político. A verdade é que a Esquerda brasileira assume seu papel de líder do Foro de São Paulo ao defender um de seus patrícios contra o “imperialismo americano”. É no mínimo asqueroso esta postura de parlamentares que se pretendem democratas, mas que lutam na defesa de uma ditadura que mata e pune cidadãos venezuelanos.
A Venezuela, antes um país rico e próspero, padece de uma realidade cruel e sofrida, consequência de um golpe de estado aplicado por Hugo Chaves e que agora está nas mãos sanguinárias de seu sucessor Nicolás Maduro. Talvez a iniciativa inglória destes parlamentares da Esquerda brasileira incentive outros esquerdistas a migrar para o sonho socialista de Maduro, com os aplausos efusivos do presidente Lula e de toda a claque acadêmica, jornalística e artística brasileira.



