Polícia

Abin Paralela: PF indicia Bolsonaro, Ramagem e Carlos Bolsonaro

PF enviou ao STF conclusão do inquérito que apura existência de estrutura ilegal de espionagem na Abin. Diretor da Abin também foi indiciado.

A Polícia Federal (PF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a conclusão do inquérito que apura a existência de estrutura ilegal de espionagem dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), conhecida como “Abin Paralela”.

Foram indiciados o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin; o vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL), filho 02 do ex-presidente; e o atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa. Além deles, mais 31 pessoas teriam sido indiciadas.

A investigação da PF gira em torno da utilização da Abin para o monitoramento de opositores e adversários políticos do ex-presidente entre 2019 e 2021, sob a gestão do então diretor do órgão, Alexandre Ramagem.

Segundo a PF, a espionagem paralela era feita por meio do software de inteligência israelense First Mile, adquirido durante o governo de Michel Temer. A ferramenta permite rastrear a localização de pessoas a partir de informações fornecidas por torres de telecomunicações.

Em janeiro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou operação em endereços ligados a Carlos Bolsonaro, em busca de detalhes de como seria a atuação do grupo. Os agentes identificaram, até aquele momento, quatro núcleos responsáveis pelas atividades irregulares.

A operação de janeiro visou atingir o núcleo político da organização. Além de Carlos, foram alvo da ação a assessora do vereador Luciana Almeida e a assessora de Alexandre Ramagem Priscilla Pereira e Silva. De acordo com as investigações, as duas funcionárias atuavam como interlocutoras na troca de informações de interesse da família Bolsonaro.

Metrópoles

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