Maranhão

As peripécias políticas de “Magarato” parecem não ter fim

O senador Weverton Rocha (PDT-MA) vê seu nome e sua imagem cada vez mais manchadas em mais um caso que saiu dos bastidores políticos para a opinião pública.

O senador Weverton Rocha (PDT-MA) segue nos holofotes da política maranhense e nacional. Recentemente saiu no blog Aconteceuemcx que o senador pedetista estaria por trás de uma grande articulação em curso através de um advogado influente da capital federal. O que circula nos bastidores é que uma proposta teria sido feita ao ministro Humberto Martins (STJ), cujo valor seria de R$ 22 milhões, com a anuência do grupo Brandão. O objetivo seria de abafar o processo que envolve diretamente a família do atual Governador do Maranhão.

O caso em questão se refere ao popularmente conhecido como caso “Tech Office”, em que João Bosco Sobrinho Pereira, funcionário da Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) na gestão de Felipe Camarão, foi assassinado a queima-roupa por Gilbson César Soares Cutrim Júnior na frente do edifício Tech Office (que fica no bairro Ponta D’Areia, em São Luís) no dia 19 de agosto de 2022. Em 2024, Gilbson César foi condenado a 13 anos de prisão em regime fechado pelo crime, e as investigações apontam que há muito mais elementos que podem envolver figuras notórias da política maranhense, comprometendo negativamente as intenções dos envolvidos para o pleito de 2026.

Há muitas informações de bastidores políticos do Maranhão que ratificam falas atribuídas ao senador Weverton, conhecido com a alcunha burlesca de “Magarato” e “Meu preto”, em que teria confidenciado a pessoas próximas durante a Expoema, em setembro, que o caso do Tech Office estava “resolvido” e “sob controle”. Em uma das falas a aliados durante o evento, Weverton teria dito “O caso do STJ eu já abafei, com o ministro Humberto Martins”. O blog Aconteceuemcx publicou ainda que estranhamente a família do assassino confesso Gilbson Júnior e sua defesa deixaram de ter acesso às informações do processo, o que tem gerado preocupação, já que o ministro estaria negando pedidos de acesso e impedindo que testemunhas fossem ouvidas.

O senador Weverton Rocha é figura carimbada da política maranhense e estampa três ações cíveis por improbidade administrativa desde a época em que era secretário estadual de esporte e juventude durante a gestão de Jackson Lago como governador. Mais recentemente teve seu nome envolvido da fraude bilionária do INSS, em que teria compartilhado um jatinho de R$ 2,8 milhões ao lobista Antônio Carlos Camilo Antunes (o “careca” do INSS, principal responsável pela fraude).

Em virtude dessas novas informações divulgadas pelo blog Aconteceuemcx é necessário que o ministro Humberto Martins emita uma declaração em resposta ao que foi publicado confirmando ou negando as acusações, sobretudo para dar uma satisfação à sociedade. E mais, o blog também afirmou que após a morte do empresário Pacovan, que teve acesso a informação de uma carta escrita por Francisco, marido de Fernanda — que era secretária de Pacovan — e endereçada a Gilbson (assassino de João Bosco Sobrinho Pereira).

Na carta, Francisco descreve os nomes de pessoas envolvidas nas negociatas, entre elas o senador Weverton Rocha, Marcos Brandão (irmão do governador), e a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale. Bom, parece que esta estória está longe de ter um fim, mas é certo de que se configura em mais uma mancha profunda na imagem do senador Weverton, que vai tentar a reeleição para o Senado em 2026.

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