COP30: um evento incinerado pelas chamas da negligência governamental e suas chicanas políticas
Conferência que discute sobre as implicações das mudanças climáticas ficou marcado pela falta de organização, estrutura e segurança, virando um pesadelo para os participantes e especialmente para as delegações do mundo.

Na tarde desta última quinta-feira (20) um incêndio ocorreu em um dos pavilhões da COP30, assustando todos os presentes e causando péssima repercussão mundial. Tal acontecimento piora ainda mais o evento, fortalecendo todas as críticas e apontamentos negativos referentes tanto à organização quanto na questão da segurança. O incêndio começou numa área denominada de Blue Zone, onde ficam as negociações oficiais da COP30, e foi registrada durante a evacuação do prédio, enquanto o fogo se espalhava e fumaça tomava conta do ambiente.
O encontro que se pretendia marco do debate sobre soluções para uma tal crise climática e ideias para um estilo de vida sustentável (seja lá o que isso signifique na prática), revelou muito mais do que uma ululante incompetência organizativa. Expôs para o mundo aquilo que as delegações puderam comprovar: o Brasil não está preocupado em defesa do clima, mas sim em esconder suas mazelas sociais, fracasso econômico, sua hipocrisia política e suas máculas históricas mascarando-as para o mundo travestidos da falsa ideia de “democracia moderna”.
O incêndio ocorrido na COP30 é um tapa na cara da nossa população e mais um brinde à vergonha nacional, que esconde a verdade dos fatos em prol de um “negocinho bom” para a nomenclatura petista que comanda o país (com a proteção da imprensa militante que afaga as anomalias políticas do governo Lula). As labaredas da mentira e da manipulação não conseguiram ofuscar o vexame desta classe política que parasita a máquina pública para servir-se do chavão hipócrita da “defesa do clima” como moeda eleitoral.
Sem fazer qualquer silogismo premonitório, mas é preciso deixar claro que todas as situações desastrosas ocorridas nesta COP30 eram previsíveis. Se voltarmos no tempo podemos ratificar que este evento congregava todas as ferramentas para dar errado.
Existem vários outros “incêndios” nesta conferência que se iniciaram desde sua concepção, a começar pela escolha da sede: Belém-PA. A cidade que estampa a lista dos piores indicadores socioeconômicos do país, com a maior proporção de favelas (em torno de 55,5% a 57,2% da população vive em comunidades), esgoto correndo a céu aberto, marcada pelo altíssimo crescimento dos homicídios, roubos e violência das facções criminosas, com mais da metade da população sofrendo por anos com a falta de saneamento básico e com a inoperância da máquina pública em prover serviços básicos para a comunidade.
Outro “incêndio” foi querer transformar o nosso agronegócio em vilão ambiental. Porém, a Embrapa acabou com esta farsa com dados sólidos: para cada 1 hectare desmatado para produção agropecuária 2 hectares são preservados; cerca de 65% do território nacional é composto de vegetação nativa; produtores rurais preservam 29% de nossas terras; o agronegócio ocupa um pouco mais de 30% do nosso território para produzir e alimentar o mundo. Só que estes dados são completamente ignorados pelos vira-latas do ambientalismo de botequim que parasitam o governo Lula – que preferem continuar com suas verborragias para adubar as narrativas de mundo sustentável.
Há também do “incêndio” do desmatamento em plena floresta amazônica para a construção de uma estrada, afim de facilitar o tráfego das delegações para a capital paraense, contrariando o próprio sentido e os princípios COP30. E mais: gastos exorbitantes para a realização desta conferência que custeou os luxos dos iates para os “amigos do rei” do governo federal e seus convidados; construção de um palco de R$ 30 milhões no meio de um rio para apresentação de artista internacional; show de artistas nacionais que militam em favor do Lulismo e se outorgam autoridades para falar sobre questões que não conhecem, e demais mimos bancados a rodo com o dinheiro público. Enquanto isso, bem ali do lado a população seguia imersa em sua cruzada pela sobrevivência de todo dia. Vale lembrar que todos estes gastos foram colocados sob sigilo pelo… governo Lula.
Lembrando outro “incêndio”, mas de proporções diplomáticas, foi a cobrança feita pela ONU de um plano do governo para corrigir as viscerais falhas de segurança e de infraestrutura na COP30. Mas o governo federal, através da Casa Civil da Presidência (que coordena todas as atividades referentes à cúpula), teve a audácia de dizer que “todas as solicitações da ONU têm sido atendidas”, mesmo diante de todo o descalabro evidente que as delegações sofreram no evento. Prova disso foi a declaração do chanceler alemão Friedrich Merz, ao dizer que os jornalistas alemães que o acompanhavam na COP30 “ficaram contentes” em deixar Belém e retornar à Alemanha: “Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil na semana passada: ‘Quem de vocês gostaria de ficar aqui?’ Ninguém levantou a mão. Todos ficaram contentes por termos retornado à Alemanha”, disse o chanceler. Porque será?
Ao invés de procurar resolver os graves problemas da conferência o presidente Lula resolveu soltar mais uma de suas pérolas verborrágicas em resposta à Merz dizendo que “Berlim não oferece 10% da qualidade que oferece o Pará e a cidade de Belém” e que o chanceler alemão devia “devia ter ido a um boteco”. Na esteira desta imbecilidade do presidente da república, a sua primeira-dama, Janja, resolveu coroar a resposta presidencial com sua própria imbecilidade. Em entrevista Janja disse: “Ele não viveu a COP, chegou aqui entrou numa sala com ar-condicionado e não viveu a COP. A proposta da gente fazer a COP na Amazônia foi justamente para a gente vivenciar o que é esse território. […] Ele não tomou um tacacá, ele não deve ter visto um carimbó ele não deve ter ido para uma aparelhagem…”. Daí quando perguntada se ela mesma já havia vivenciado tudo isso a resposta foi “Ainda não!”. Nada mais genuíno!
O que de fato se conclui desta conferência é que o incêndio real é a própria COP30, pois aplaude a pobreza dos gestores públicos e responsáveis envolvidos, cultua a miséria e morte dos mais vulneráveis, comercializa nossas riquezas naturais em favor de uma agenda ideológica marxista genocida, transforma nossos índios em bibelôs da propaganda pró-climática e brinda todo este show tragicômico mundial com o sangue das vítimas da violência e insegurança pública do Brasil.



