Opinião

É preciso repudiar veementemente o que aconteceu hoje.

A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, ordenada de forma preventiva antes mesmo do cumprimento de qualquer pena definitiva, é mais um capítulo sombrio de um processo que vem atropelando garantias, rasgando ritos e tencionando perigosamente a democracia brasileira.

Não se trata mais de investigar fatos — trata-se de espetacularizar decisões, de transformar a lei em arma política, de usar o direito como instrumento de intimidação. O país assiste, perplexo, à consolidação de um modelo onde um único ministro decide, executa e depois ainda julga, sem contraditório real, sem equilíbrio institucional.

A prisão preventiva de um ex-presidente da República, sem risco concreto, sem fundamento convincente, sem trânsito em julgado, é um sinal que ultrapassa a figura de Bolsonaro: é um aviso à sociedade, é uma mensagem de força e medo.

É absolutamente inaceitável.
É necessário repudiar, denunciar e deixar claro: quando a lei passa a depender de quem é o alvo, não existe mais Estado de Direito — existe perseguição.

O Brasil merece mais do que decisões monocráticas usadas como espetáculo.
O Brasil merece justiça, e não vingança disfarçada de processo judicial.

Roberto Rocha
O MaranhãoValeaLuta

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