O Maranhão está no centro de uma polêmica nacional. A Superintendência da Pesca, liderada por Elisvane Pereira Gama, irmã da senadora Eliziane Gama (PSD), tornou-se alvo de uma investigação da Polícia Federal por supostas fraudes no Seguro-Defeso. O caso já mobiliza o Governo Federal e levanta sérios questionamentos sobre transparência e responsabilidade política.
O que está sendo investigado
A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou fortes indícios de irregularidades na concessão do benefício. Entre as denúncias, aparecem relatos de pescadores obrigados a repassar parte do valor recebido e manipulações em documentos apresentados.
Os números também chamam atenção: são 590 mil pescadores cadastrados no Maranhão, mas apenas 621 embarcações registradas. Essa disparidade reforça as suspeitas de fraudes em larga escala.
Repercussão política e postura de Eliziane Gama
O episódio ganha ainda mais peso pelo envolvimento familiar. Apesar de atuar ativamente na CPMI do INSS, cobrando explicações de ex-ministros, a senadora Eliziane Gama não tomou a mesma iniciativa em relação à própria irmã. Essa omissão abre espaço para críticas sobre seletividade e falta de isenção em sua atuação parlamentar.
O impacto no Seguro-Defeso e nos pescadores
O Seguro-Defeso é essencial para a sobrevivência de milhares de famílias de pescadores, que dependem do auxílio durante o período de reprodução dos peixes. Fraudes nesse sistema não apenas drenam recursos públicos, como também colocam em risco a subsistência de quem realmente depende do benefício.
Transparência em xeque
A investigação ainda está em andamento, mas já evidencia a necessidade de maior rigor no controle dos cadastros de pescadores e no acompanhamento da gestão pública. A ligação direta com uma liderança política de destaque nacional, como Eliziane Gama, torna o caso ainda mais delicado e explosivo no cenário político maranhense.
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