Estátua de Trump e Epstein de mãos dadas aparece em frente à sede do Congresso dos EUA

Monumento amanheceu em Washington D.C., capital dos Estados Unidos, na terça (23). Caso Epstein é polêmica no governo Trump, e população americana exige liberação de arquivos relacionados ao bilionário e criminoso sexual falecido em 2019.
Uma estátua de Donald Trump e Jeffrey Epstein de mãos dadas apareceu próxima à sede do Congresso dos EUA, em Washington D.C. na manhã de terça-feira (23).
O objeto retrata o presidente dos EUA de mãos dadas com Jeffrey Epstein, o falecido empresário britânico criminoso sexual e acusado de tráfico sexual de menores de idade. Ambos aparecem sorrindo e com uma perna levantada cada.

No pé da estátua, uma mensagem provocou Trump e relembrou a suposta carta de aniversário de Epstein assinada pelo presidente, divulgada por democratas do Congresso americano no início do mês:
“Em homenagem ao mês da amizade, celebramos os laços de longa data entre o presidente Donald J. Trump e seu ‘amigo mais póximo’ Jeffrey Epstein. Sobe som: ‘Deve haver mais na vida do que ter tudo'”, apareceu na placa, junto com um emoji de coração feito com as mãos. (Veja na imagem mais abaixo)

Ainda não se sabe, até a última atualização desta reportagem, quem foi o responsável pelo posicionamento da estátua. O governo Trump não se manifestou sobre o posicionamento do objeto até o momento.
O caso Epstein é uma crise do governo Trump. A população americana, incluindo os apoiadores do presidente, demandam a publicação total dos documentos ligados ao criminoso sexual. Após publicar alguns documentos sem novidades, a pressão aumentou e Trump passou a minimizar o caso —que ele mesmo ajudou a aumentar com teorias da conspiração durante anos. O presidente foi avisado em maio por seu Departamento de Justiça que ele aparecia nos documentos de Epstein.
Epstein morreu por suicídio em 2019, enquanto estava preso aguardando julgamento por acusações de tráfico sexual. Ele havia se declarado inocente.
Na segunda-feira, o Wall Street Journal solicitou a um juiz dos EUA que rejeitasse o processo de Donald Trump alegando que o jornal o difamou em um artigo de 17 de julho, que afirmava que o nome de Trump estava em uma mensagem de aniversário de 2003 para Epstein, chamando o caso de ameaça à liberdade de expressão.

Trump entrou com o processo em 18 de julho, enquanto sua administração enfrentava críticas de sua base conservadora e de democratas no Congresso sobre a forma como lidou com o caso Epstein. O Departamento de Justiça, no início de julho, disse que não tornaria públicos os arquivos de sua investigação sobre tráfico sexual envolvendo Epstein, descumprindo promessas anteriores de Trump e seus aliados.
G1 Globo