Política

EUA garantem ‘relação firme com Brasil’, apesar de possível sanção a Moraes

O Departamento de Estado dos Estados Unidos voltou a afirmar a possibilidade de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, seja submetido às sanções da Lei Global Magnitsky – que preveem restrições de entrada nos EUA e de movimentação financeira – mas negou que isso altere “a relação firme com o Brasil”.

Desde a posse do republicano Donald Trump à presidência, não houve contatos de nível presidencial ou da chancelaria entre os dois países, embora a Casa Branca diga ter como prioridade o relacionamento com a América Latina. Há três semanas, porém, o Secretário de Estado de Trump, Marco Rubio, afirmou em sessão no Congresso americano que há “grande possibilidade” de que Moraes seja sancionado. O governo federal reagiu e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse que o país “defenderá seu ministro e sua Suprema Corte”.

Nesta terça, 10, o UOL perguntou à Mignon Houston, vice porta-voz do Departamento de Estado, como tais sanções contra Moraes se dariam e o que elas representariam para a relação entre Brasil e EUA.

“No que se refere ao juiz (Alexandre de Moraes), ouvimos as observações do Secretário (Rubio) que falam por si mesmas. Não preciso opinar mais sobre suas observações. O que eu diria é que nós seguimos – através de nossas missões, nossos consulados, nossa embaixada no Brasil, (que seguem) funcionais, operacionais, – trabalhando em estreita colaboração com as autoridades policiais, com os juízes, continuando a focar no compartilhamento de informações e equipamentos e apoiando programas que irão aprimorar ainda mais nosso futuro relacionamento com o Brasil”, disse Houston.

“Não tenho nada a dizer sobre a Lei Magnitsky Global além do que já foi anunciado. Mas eu diria que nosso firme compromisso com o povo brasileiro é de longa data e seguirá sendo”, afirmou. No ano passado, EUA e Brasil comemoraram 200 anos de relações diplomáticas ininterruptas.

UOL

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