Justiça

Após 51 depoimentos, STF ouve última testemunha de cúpula da trama golpista

Após duas semanas de depoimentos, o STF (Supremo Tribunal Federal) ouviu 51 testemunhas na ação penal sobre tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas. Hoje, com a oitiva do senador Rogério Marinho, o Supremo encerra essa fase do julgamento contra o núcleo central da trama golpista.

O que aconteceu
Audiências começaram no dia 19 de maio e devem acabar hoje. O ministro Alexandre de Moraes conduziu as sessões ao longo das últimas duas semanas, com momento de tranquilidade e também situações em que teve que chamar a atenção dos participantes da audiência e até alertar uma testemunha de defesa que ela poderia ser presa por desacato. O senador Rogério Marinho, que foi ministro de Bolsonaro, é a última testemunha a ser ouvida.

Tradicionalmente, ministros do STF não participam dessas audiências. Sessões realizadas nesta ação penal, porém, destoaram do tradicional. Até outros ministros da Primeira Turma, como Luiz Fux, participaram de alguns depoimentos e fizeram perguntas às testemunhas. Geralmente, neste tipo de ação os ministros deixam algum juiz auxiliar de seu gabinete conduzindo as oitivas.

O próprio Bolsonaro também acompanhou as audiências. Sessões vêm sendo realizadas por videoconferência e ex-presidente entrou em todas para ouvir os relatos. Ele tem direito a acompanhar tudo pelo fato de ser réu.

Nesse período, as defesas dos réus não conseguiram derrubar as principais teses da denúncia e desistiram dos depoimentos de 28 pessoas. A expectativa é de que a audiência de hoje seja a última dedicada a ouvir testemunhas do núcleo central da trama golpista.

Concluídos os depoimentos das testemunhas, ação penal deve avançar para a próxima fase. Moraes deve determinar os interrogatórios dos próprios réus, incluindo Bolsonaro. Nesta oportunidade, eles irão depor diante da PGR, das defesas de todos os denunciados e do próprio Moraes, que poderá fazer questionamentos a eles. Ainda não há data para os interrogatórios começarem.

UOL.

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