
O que aconteceu
Mamdani será 1º prefeito muçulmano de NY. Já tido como favorito na reta final da campanha eleitoral, o autodeclarado socialista foi eleito representante do Partido Democrata nas primárias e é opositor ferrenho do presidente norte-americano Donald Trump. O 111º prefeito nova-iorquino assumirá o cargo em 1º de janeiro de 2026.
Além do democrata, outros dois candidatos disputavam prefeitura da megacidade. O ex-governador Andrew Cuomo, que concorreu como independente, recebeu 41,6% (854.995) dos votos. Já o republicano Curtis Sliwa, foi votado por 146.137 pessoas, 7,1% da população nova-iorquina.
Votação começou às 6h, pelo horário local, e terminou por volta das 21h (23h, em Brasília). O pleito levou 2.055.921 eleitores às urnas. Cerca de 735.300 deles votaram antecipadamente – quatro vezes mais do que na última eleição municipal em 2021. Naquele ano, a eleição para prefeito mobilizou ao todo 1,15 milhão de pessoas, com uma taxa de participação de apenas 23,3%. Mais de cinco milhões de eleitores da maior cidade dos Estados Unidos estavam habilitados a votar, dos quais mais de 60% são democratas.

Eleição foi marcada por divisão no campo progressista. A disputa na ala era entre Cuomo, democrata de perfil mais centrista, e Mamdani, do grupo mais à esquerda do partido. Ambos concorreram às primárias do Partido Democrata, que elegeu o jovem socialista como seu representante no pleito de hoje.
Pesquisas já apontavam vantagem de Mamdani. Segundo as últimas sondagens, ele teria entre 4,5 e 16 pontos à frente de Andrew Cuomo. Em terceiro, o republicano Curtis Sliwa se recusou a desistir da disputa em favor de Cuomo, que tem posições pró-empresas e sobre segurança pública próximas às suas.
Atual prefeito, democrata Eric Adams havia declarado apoio a Cuomo, seu antigo rival. O apoio foi oficializado em 23 de outubro, após meses de troca de críticas entre os dois, com o intuito de tentar frear a candidatura de Mamdani.
Ontem, Trump reiterou ameaça de que cortará repasses federais a NY caso Mamdani vença a eleição. Em caso de vitória do adversário, o republicano declarou ser “altamente improvável” que seu governo “contribua com verbas federais além do mínimo exigido”.
UOL



