Saúde

Mulher tenta vacinar bebê reborn para fazer vídeo e postar nas redes sociais em Santa Catarina

Uma mulher buscou uma Unidade Básica de Saúde (UBS), em Itajaí, em Santa Catarina, para simular a vacinação de um bebê reborn com o objetivo de fazer uma postagem nas redes sociais. O caso ocorreu em janeiro deste ano e, conforme a prefeitura local, o pedido foi negado pela equipe do posto onde o pedido foi realizado.

Segundo o comunicado, a mulher – que não teve a identidade informada e não era da área de abrangência da UBS – chegou ao posto de saúde acompanhada da filha de 4 anos, pedindo que fosse realizada uma simulação de vacina na boneca “reborn” da criança. Segundo a mãe, o pedido para receber o imunizante teria partido da filha.

A equipe do local pediu a carteira de vacinação, entendendo inicialmente que a vacina fosse para a garota. A mulher negou e pediu a simulação com a boneca, para que ela filmasse e postasse nas redes sociais.

O pedido, então, foi negado pelo corpo técnico da UBS. Os profissionais do posto explicaram que simular a vacinação em um boneco levaria ao desperdício de insumos adquiridos com dinheiro público e de uso, exclusivo, para seres humanos.

Ao ouvir a recusa, a mulher teria se irritado e retrucado: “É só abrir uma seringa, só abrir uma agulha e fingir que deu”, disse a mulher, segundo a prefeitura. “Todos os profissionais, incluindo a vacinadora, se recusaram a fazer o simulado”, informou a prefeitura em nota.

Percebendo que a UBS não recuaria na recusa, a paciente foi embora do posto de saúde de forma exaltada, de acordo com a administração municipal. “A gestão do posto de de saúde emitiu, na época, um comunicado aos demais gestores para que se atentassem à possibilidade de a mulher procurar o atendimento ao bebê ‘reborn’ em outras unidades”, disse a prefeitura.

O tema bebê reborn tem ganhado destaque nos últimos dias após viralizar, nas redes sociais, cenas de adultos brincando com as bonecas e dando aos brinquedos um tratamento humanizado.

O crescimento de interesse pelo assunto motivou prefeituras e casas legislativas, nos âmbitos municipal, estadual e federal, a protocolar projetos de leis para impedir que os donos das bonecas realistas as utilizem para usufruir do serviço público.

Em Curitiba, capital do Paraná, por exemplo, a prefeitura local emitiu um aviso dizendo que os “pais” de bebês reborn não podem usar assentos preferenciais em ônibus.

UOL

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