Meio ambiente

‘Maior evento do século, mundo virá ao Brasil’: como empresários e autoridades veem a COP30 para o País

Durante o Fórum LIDE COP 30, participantes discutiram o papel estratégico do Brasil na agenda climática e cobraram ações concretas.

Empresários, especialistas e autoridades reuniram-se nesta sexta-feira, 30, no Fórum LIDE COP 30 para debater os desafios e oportunidades trazidos pela 30ª Conferência do Clima da ONU, marcada para novembro, em Belém (PA). O evento reforçou a necessidade de conciliar crescimento econômico com preservação ambiental e posicionar o Brasil como protagonista nas soluções para a crise climática.

A programação foi dividida em três painéis com o tema central “O protagonismo brasileiro na COP 30: potência energética, alimentar e ambiental”. Participaram lideranças políticas como os governadores Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul) e Helder Barbalho (Pará), além de representantes do setor privado e ambientalistas.

Izabella Teixeira, co-presidente do Painel Internacional de Recursos da ONU e ex-ministra do Meio Ambiente, destacou que o Brasil precisa se conhecer melhor antes de construir uma narrativa internacional. “Não adianta falar com o mundo se a gente não conhece o país.” Ela elogiou iniciativas em promover diálogos regionais, reforçando que o Brasil é um país de múltiplas realidades e soluções. “O Brasil é capaz de prover soluções, mas para isso ele terá que mudar cada vez mais.”

Segundo Izabella, a COP 30 representa uma oportunidade para o país redefinir sua imagem. “O mundo virá ao Brasil. E a COP 30 é uma chance para que o Brasil fale com o mundo a partir do Brasil.” Ela criticou visões simplistas sobre a Amazônia e afirmou que o país precisa construir seu próprio conceito sobre a região. “O mundo tem um conceito sobre a Amazônia. O Brasil não tem um conceito nacional sobre a Amazônia.”

Ela ainda propôs uma nova agenda climática: “A COP 30 deve trazer a discussão da land transition (transição do uso da terra), incluindo agricultura, minerais críticos e novos materiais.” Izabella defendeu a combinação entre ciência, natureza e inovação. “Não há como lidar com essa realidade de mundo se não formos pragmáticos. Esta é a hora de falar bem do Brasil, começa na COP 30 e começa com os brasileiros.”

Terra

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