
A nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira (18), reacendeu o debate público em torno da ficha criminal do senador Weverton Rocha (PDT), conhecido no meio político maranhense como maragato ou meu preto. A investigação apura um esquema de alcance nacional envolvendo descontos irregulares aplicados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Nesta etapa da operação, o nome do senador aparece associado às apurações, assim como o de um assessor parlamentar ligado ao seu gabinete. As diligências fazem parte do aprofundamento das investigações que buscam identificar a atuação de grupos responsáveis por cobranças indevidas diretamente nos benefícios previdenciários. A Polícia Federal informou que as apurações seguem em andamento e que os fatos ainda estão sob análise do Judiciário.
No mesmo contexto, por decisão judicial, o secretário-executivo do Ministério da Previdência, Aldroaldo Portal, foi afastado do cargo e teve prisão domiciliar decretada. A operação também resultou na prisão de Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, que já se encontrava preso desde setembro, acusado de participação no esquema investigado.
O episódio do INSS se soma a um histórico judicial que acompanha Weverton Rocha desde o início de sua vida pública. Entre 1998 e 2000, quando presidiu a União Municipal de Estudantes Secundaristas (UMES), o então dirigente estudantil esteve no centro de um caso envolvendo questionamentos sobre a gestão de recursos da entidade, episódio que ganhou grande repercussão em São Luís e marcou sua trajetória política inicial.
Perfil Jornal Itaqui Bacanga



