Orleans é pior que Edinho Lobão

A maioria da classe política maranhense é covarde e oportunista!
E quando eu digo classe política, não me refiro apenas a quem tem mandato, mas também a quem vive das migalhas que sobram das mesas dos que possuem mandatos.
Na eleição de 2014, tivemos a candidatura de Edinho Lobão ao governo do Maranhão. Então candidato do Palácio dos Leões, ele teve o apoio massivo dessa mesma classe política covarde e oportunista. A maioria vota em qualquer um, desde que os cofres públicos paguem a conta da campanha, dos empregos, das mesadas, das promessas e do pix.
Edinho tinha mais de 200 prefeitos, 35 deputados estaduais e 15 deputados federais o apoiando.
Edinho nasceu em berço político, mas teve experiência empresarial desde cedo — uma padaria em Serra Pelada teria sido seu primeiro empreendimento.
Orleans nunca teve uma quitanda, seu único emprego foi ser secretário do tio, e ainda assim é enaltecido ao descer de helicópteros e aviões pagos com dinheiro público nos quatro cantos do Maranhão, sob aplausos dos covardes e oportunistas que não estão nem um pouco preocupados com o futuro do Estado. O que eles querem é posar ao lado do candidato bancado com o dinheiro do povo maranhense para manter uma boquinha, um empreguinho.
Edinho podia ser um nome ruim, mas, sem dúvida nenhuma, não seria apenas um fantoche na mão do pai ou de qualquer outra pessoa.
O Maranhão parece não aprender com a própria história. A mesma turma que ontem aplaudia Edinho hoje se ajoelha diante de Orleans. Para eles, pouco importa quem está na faixa: o que vale é a chave do cofre.
Sem dúvida nenhuma, a classe política está ganhando alguma coisa. E a população do Maranhão, está ganhando o quê? Buraco na estrada, humilhação na porta dos hospitais, escola caindo aos pedaços e filhos indo embora para tentar sobreviver em outros estados.
Se Orleans é vendido como “nova esperança”, é justo encerrar com uma pergunta simples e direta: esperança para quem — para o povo do Maranhão ou para a panelinha que vive pendurada no dinheiro público?
Por Simplício Araújo



