
O prefeito João Vitor Xavier protocolou, nessa segunda-feira (10), na Câmara Municipal de Igarapé Grande, um novo pedido de licença por 60 dias, alegando motivos de saúde e abalo emocional. A solicitação será analisada pelos vereadores nos próximos dias.
Esta é a segunda licença pedida desde julho, quando o gestor passou a responder pela morte do policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos durante uma vaquejada em Trizidela do Vale. João Vitor ficou 125 dias afastado e retornou brevemente na sexta (7) apenas para assinar atos administrativos. Em seguida, apresentou novo atestado médico recomendando a prorrogação do afastamento por mais dois meses, com possibilidade de extensão.
João Vitor responde ao processo em liberdade, monitorado por tornozeleira eletrônica, desde 19 de setembro, quando o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) revogou a prisão preventiva por entender não haver risco à ordem pública nem indícios de interferência no andamento do processo. Entre as medidas cautelares estão: não se aproxima de testemunhas, evitar locais noturnos e cumprir horários restritos de circulação.
O caso teve grande repercussão no estado. Segundo as investigações, o crime ocorreu durante a 35ª Vaquejada do Parque Maratá, após discussão relacionada ao farol do veículo do prefeito. Testemunhas afirmam que o policial, aparentemente alcoolizado, iniciou agressões verbais e físicas. O prefeito teria reagido efetuando disparos que atingiram a vítima.
A defesa sustenta legítima defesa, alegando que o policial estava armado e representava ameaça iminente. A versão é contestada por testemunhas e pelo Comando da Polícia Militar, que afirmam que o policial foi atingido pelas costas e não portava arma no momento do crime.
Enquanto o processo segue na Justiça, Igarapé Grande permanece sob a gestão da vice-prefeita Maria Etelvina Sampaio Leite (PDT).
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