
O presidente da CBF, Samir Xaud, está entre os alvos de uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta manhã a pedido da Justiça Eleitoral de Roraima. Agentes da polícia foram à sede da entidade máxima do futebol brasileiro.
O que aconteceu
A CBF afirmou que recebeu agentes da PF, mas que nada foi levado de sua sede no Rio. Os agentes estiveram nas instalações da Barra da Tijuca por cerca de 30 minutos antes das 7h (de Brasília).
A entidade também disse em nota que não tem relação com a operação e que Samir Xaud “não é o centro das apurações”. A CBF acrescentou que ainda não recebeu informações oficiais sobre o objeto da investigação.
Hoje, a PF deflagrou a Operação Caixa Preta por suspeita de prática de crimes eleitorais em Roraima, estado de Samir Xaud. A investigação começou após apreensão de R$ 500 mil, em setembro de 2024, às vésperas das últimas eleições municipais. Os agentes cumpriram dez mandados de busca e apreensão em Roraima e no Rio de Janeiro, e os investigados tiveram mais de R$ 10 milhões de bloqueados de suas contas.
Antes de virar presidente da CBF, Xaud foi ligado à FRF (Federação Roraimense de Futebol). O pai de Samir comandou a federação por quatro décadas, e o filho foi eleito para ser o sucessor no estado poucos meses antes de ser lançado candidato na entidade nacional.
Em 2022, ele se candidatou a deputado federal pelo MDB, mas não se elegeu. Samir Xaud recebeu 4.816 votos na ocasião (1,65% do total em Roraima) e terminou o pleito na condição de suplente. Naquele mesmo ano, recebeu uma intimação de um procedimento movido pelo Tribunal de Contas de Roraima, que se desenvolveu e virou ação no TJ-RR por improbidade administrativa, de quando foi diretor geral do Hospital Geral de Roraima, em 2018. O caso ainda está em tramitação, e a defesa dele alega inocência.
UOL