Sem acordo, paralisação da 1001 chega ao 11º dia e pode virar greve geral na quarta
O sindicato informou, na última sexta, que as empresas têm até 72 horas úteis para quitar todos os pagamentos atrasados.

SÃO LUÍS – A greve dos rodoviários da empresa 1001 chegou ao 11º dia nesta segunda-feira (24), com trabalhadores ainda concentrados na garagem da empresa, em São Luís. A paralisação continua após uma série de cobranças relacionadas ao pagamento de salários.
Categoria dá 72 horas para empresas pagarem salários
Na última sexta-feira (21), o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão (Sttrema) enviou um ofício às empresas de transporte da capital exigindo o cumprimento da Cláusula 8ª da Convenção Coletiva de Trabalho, que trata da regularização dos vencimentos.
O sindicato informou que as empresas têm até 72 horas úteis, a partir de sexta, para quitar todos os pagamentos atrasados. Se o prazo não for cumprido, o Sttrema promete deflagrar uma greve geral em todo o sistema de transporte público, prevista para começar na quarta-feira (26).
Veja as linhas de ônibus afetadas
Cerca de 15 bairros são afetados com a greve na 1001, que foi iniciada no último dia 14. Veja quais:
1. Ribeira
2. Viola Kiola
3. Vila Itamar
4. Tibiri
5. Cohatrac
6. Parque Jair
7. Parque Vitória
8. Alto do Turu
9. Vila Lobão
10. Vila Isabel Cafeteira
11. Vila Esperança
12. Pedra Caída
13. Recanto Verde
14. Forquilha
15. Ipem Turu
Prefeitura tenta novo depósito do subsídio no 2º grau após derrota na Justiça do Trabalho
A Prefeitura de São Luís entrou com um novo pedido de consignação em pagamento diretamente no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA) depois de ter a sua primeira tentativa barrada pela Justiça do Trabalho. O Município agora aguarda autorização do 2º grau para efetuar o depósito dos valores do subsídio, destinados ao pagamento de parcelas atrasadas aos rodoviários.
A iniciativa ocorre após um revés significativo: a ação ajuizada na segunda-feira (17), na 5ª Vara do Trabalho de São Luís, foi extinta sem julgamento do mérito. A juíza Noélia Maria Cavalcanti Martins e Rocha reconheceu a incompetência funcional do juízo de primeiro grau para analisar o pedido, já que todas as questões envolvendo a greve, o cumprimento de decisões liminares e os efeitos do dissídio coletivo devem ser tratadas exclusivamente pelo TRT-16.
Com a decisão, o Município ficou impossibilitado de depositar os R$ 2 milhões que dizia querer garantir para o pagamento dos trabalhadores das empresas paralisadas. Na prática, a sentença deixou a Prefeitura sem alternativa imediata dentro do 1º grau e expôs mais um entrave na atuação do Município diante da paralisação do sistema de transporte.
A SMTT afirmou que acompanha as negociações entre empresários e trabalhadores e reforçou que, enquanto houver empresas paradas, a Prefeitura continuará oferecendo corridas por aplicativo gratuitas para a população. Entretanto, o novo pedido no 2º grau evidencia a dificuldade da gestão municipal em efetivar o repasse do subsídio e cumprir o que vem anunciando desde o início da crise.
Confira a nota da SMTT sobre a nova tentativa na íntegra
“A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) informa que o Município de São Luís ajuizou novo pedido de consignação em pagamento na Justiça do Trabalho, desta vez junto ao 2° grau, e aguarda apenas a autorização judicial para realizar o depósito de valores do subsídio para pagamento de parcelas em atraso aos trabalhadores.
A prefeitura acompanha as tratativas entre entre trabalhadores e empresários de ônibus e informa que enquanto tiverem empresas paralisadas, vai continuar disponibilizando corridas por aplicativo gratuitas para a população”.
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