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Trump lança ameaça contra Brics e promete retaliações ao bloco

O presidente dos EUA, Donald Trump, lançou uma ameaça contra o Brics e apontou que qualquer país vinculado com as políticas do bloco de economias emergentes será alvo de impostos extras. O alerta ocorre horas depois de o grupo se reunir em sua cúpula no Rio de Janeiro e representa um ataque direto à presidência do Brasil.

“Qualquer país que se alinhe com as políticas antiamericanas do BRICS terá de pagar uma tarifa adicional de 10%. Não haverá exceções a essa política. Obrigado por sua atenção a esse assunto!”, afirmou Trump nas redes sociais.

Desde que venceu a eleição, em 2024, Trump vinha fazendo ameaças ao Brics, principalmente no que se refere ao uso de moedas locais para para o comércio e um eventual abandono ao dólar. O americano chegou a mencionar tarifas de 100% caso a moeda dos EUA fosse abandonada pelos emergentes. Nos últimos meses, alguns dos países do bloco optaram por dar um perfil mais baixo para o debate sobre a desdolarização.

Trump também chegou a declarar o bloco como “morto”, sugerindo que foram suas ameaças que congelaram as ações do grupo. Num dos episódios que ainda viralizou na Europa, o americano deu indicações de que a Espanha faria parte do Brics, o que jamais foi o caso.

Desta vez, o ataque não especifica quais seriam as políticas do bloco que poderiam ser consideradas contrárias aos interesses americanos. Na declaração final do Brics, na cúpula do Rio de Janeiro, há um apoio ao Irã, uma defesa aos palestinos em Gaza, denúncias contra as tarifas americanas e propostas de regulação das Big Techs, entre tantos pontos de divergência com a Casa Branca.

A declaração de Trump ocorre num momento em que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda esperava uma negociação para buscar um acordo comercial antes do prazo final dado pelo presidente americano, que expira em 9 de julho. O UOL apurou que, na última sexta-feira (4), delegações dos dois países se reuniram por videoconferência para tentar um entendimento. Fontes no Itamaraty afirmam que as conversas continuam.

Na noite de hoje, o presidente americano foi às redes sociais anunciar que os acordos serão anunciados amanhã.

UOL

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