CONTAG e seus políticos de estimação
Com os desdobramentos das investigações da PF e da CPMI do INSS a Esquerda brasileira prefere blindar seus correligionários e aliados envolvidos na fraude em nome do ideário revolucionário

O escândalo do INSS certamente entra nos anais da república como um profundo dissabor na história brasileira, dentre tantos outros, por vitimar justamente aqueles que figuram na camada mais necessitada da sociedade e que compõem uma fatia grandiosa de eleitores sedentos por soluções que melhorem suas vidas.
Divulgados as primeiras informações das investigações da PF, amplamente noticiados pela imprensa, fica claro que os organismos de proteção e assistência do governo federal são totalmente vulneráveis a fraudes e que os mecanismos de fiscalização e controle são falhos, seja pela falta de capacidade técnica de seus agentes, seja pela falta de severidade das leis.
Conforme noticiado, dentre as entidades envolvidas nas fraudes do INSS está a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), além de políticos vinculado ao órgão em questão acusados de desvios bilionários do INSS que protagonizaram uma verdadeira farra de descontos indevidos de aposentados e pensionistas.
Entre os políticos que destinaram recursos do orçamento para a CONTAG fortalecendo financeiramente o esquema estão: o Dep. Federal Zé Neto (PT-BA); o senador Jaques Wagner (PT-BA), reconhecido como braço direito de Lula; Patrus Ananias (PT-MG), Valmir Assunção (PT-BA), Marcon (PT-RS), Rubens Pereira Júnior (PT-MA), senador Humberto Costa (PT-PE), os ex-parlamentares Jean Paul Prates (PT-RN) e Paulo Rocha (PT-PA). São nove políticos do PT envolvidos na fraude, segundo as investigações da PF.
Além destes, tem também a Dep. Federal Jandira Feghali (PC do B-RJ); o Dep. Estadual Edson Araújo (PSB-MA) que é investigado pela Polícia Federal por ter recebido cerca de R$ 5,4 milhões de reais de uma das entidades envolvidas nas fraudes; O senador Weverton Rocha (PDT-MA) foi o primeiro parlamentar mencionado em conexão com Antônio Carlos Camilo Antunes (o “careca do INSS”).
As associações, empresas, os políticos e demais partícipes envolvidos nesta fraude ilustram bem essas falhas de nossos órgãos governamentais e o INSS parece ter se tornado a “galinha dos ovos de ouro” dos trapaceiros infiltrados no serviço público e na nossa classe política. Pior é que a imprensa tradicional toma uma postura bem suave diante das pessoas citadas e suas implicações no esquema que fraudou o INSS. Parece de fato que certos políticos ganham uma auréola protetiva de alguns veículos de imprensa que, pelo visto, continuam escolhendo seus políticos de estimação.