VÍDEO-Incêndio em Hong Kong
Pelo menos 36 mortos e quase 300 desaparecidos em Tai Po enquanto as chamas consomem prédios de apartamentos.
Jason Kong, residente em Hong Kong, foi forçado a deixar para trás seu poodle de 10 anos, Ber Ber, quando a polícia o impediu de retornar ao seu apartamento.
“Meu cachorro estava em casa, então pensei em voltar e trazê-lo do apartamento. Eram por volta das 17h, horário de Hong Kong (9h GMT), e a polícia não me deixou subir. O fogo ainda não havia atingido o nosso prédio”, disse Kong.
“Receio que a fumaça o sufoque.”
Kong, que mora com a esposa e o cachorro, disse que recebeu uma mensagem por volta das 15h informando que o telhado estava em chamas e assistiu incrédulo enquanto as chamas se alastravam rapidamente.
Enquanto estava em meio à multidão de moradores e curiosos que olhavam para as torres em chamas, Kong disse que alguns de seus vizinhos ainda estavam desaparecidos.
Este incêndio é o pior em Hong Kong em quase 30 anos.
Isso faz deste o pior incêndio em Hong Kong desde que 41 pessoas morreram em um prédio comercial no coração de Kowloon, em novembro de 1996.
Posteriormente, descobriu-se que o incêndio foi causado por soldagem durante reformas internas.
Uma consulta pública resultou em amplas atualizações nos padrões de construção e nos regulamentos de segurança contra incêndio em escritórios, lojas e residências de vários andares da cidade.
Wang Fuk Court é um dos muitos complexos residenciais de arranha-céus em Hong Kong, uma das áreas mais densamente povoadas do mundo.
Tai Po, localizada perto da fronteira com a China continental, é um distrito suburbano consolidado com cerca de 300.000 habitantes.
Ocupado desde 1983, o complexo está inserido no programa governamental de habitação subsidiada, de acordo com sites de agências imobiliárias.
Hong Kong
Segundo publicações online, o edifício está em reforma há um ano, com um custo de HK$ 330 milhões (US$ 42,43 milhões), sendo que cada unidade custa entre HK$ 160.000 e HK$ 180.000.
Ter uma casa própria é um sonho distante para muitos em Hong Kong, um dos mercados imobiliários mais caros do mundo, onde os aluguéis residenciais estão próximos de valores recordes.
Agência Reuters /CBS
