Economia

FMI melhora projeção de crescimento do Brasil para 2,3% neste ano

O FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou as previsões de crescimento da economia brasileira para 2,3% neste ano. No relatório divulgado hoje, a organização reconhece um avanço mais forte do que o esperado do PIB (Produto Interno Bruto) nos últimos três anos.

O que aconteceu
FMI atualiza projeções de crescimento do Brasil neste ano. A nova estimativa prevê um avanço de 2,3% da economia nacional neste ano. A previsão está alinhada com as expectativas do Ministério da Fazenda (2,5%) e do Banco Central (2,1%). Até 2030, o crescimento deve chegar a 2,5% no ano.

Projeções correspondem a uma perda de força da economia. A alta esperada do PIB em 2025 é menor do que o avanço observado no ano passado. Segundo o FMI, a desaceleração é resultado de condições monetárias e financeiras restritivas, da redução do apoio fiscal e do aumento da incerteza política.

“No médio prazo, é previsível que o crescimento se recupere para 2,5%, apoiado pela normalização da política monetária e por fatores estruturais favoráveis.”

FMI

Na atualização, o órgão avalia que o desempenho econômico opera acima das expectativas. Em abril, o órgão havia reduzido a projeção de 2,2% para 2% de crescimento no ano. “A economia brasileira cresceu fortemente nos últimos três anos, surpreendendo positivamente e, como o esperado, mostra sinais de moderação”, destaca o relatório.

Expectativa para a inflação
Expectativa mostra inflação acima do teto da meta do final de 2025. O FMI estima que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechara o ano em 5,2%, patamar 0,7 ponto percentual acima do limite de tolerância definido em 4,5% pelo (Conselho Monetário Nacional). A expectativa é que, até 2027, a inflação chegue à meta de 3% ao ano.

Organismo elogia a atuação do Banco Central contra a inflação. Na avaliação do FMI, a elevação da taxa Selic ao maior patamar desde 2006 é adequada para fazer com que o IPCA retorne ao intervalo da meta no médio prazo. Os diretores do fundo defendem a importância de manutenção da credibilidade das políticas fiscal e monetária para ancorar as ex expectativas de inflação.

Esforço para zerar déficit fiscal
Esforços para cumprir as regras fiscais também são bem vistos. O relatório menciona a atuação do governo federal para zerar o déficit fiscal neste ano e conquistar o superávit primário em 2026, conforme previsto no arcabouço fiscal. Ainda assim, o FMI recomenda a racionalização de gastos tributários ineficientes e o combate à rigidez no orçamento.

Reformas estruturais também foram elogiadas pelo fundo. Um dos pontos citados pelo relatório envolve a mudança do sistema tributário aprovada pelo Congresso. Também foi considerada positiva a proposta de isenção do Imposto de Renda para aqueles que recebem até R$ 5.000, que tramita na Câmara dos Deputados. “A credibilidade contínua das políticas fiscal e monetária será importante para ancorar as expectativas de inflação”, diz documento.

“Os diretores consideraram que a reforma do IVA em andamento simplifica o sistema tributário e aumentará a produtividade, e recomendaram reformas no Imposto de Renda de pessoa física para aumentar a progressividade do sistema tributário e a mobilização de receita interna.”

FMI

UOL Economia

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