Moraes e sua mansão da Lex: todos iguais, mas, uns mais que outros

O Min. Alexandre de Moraes tem sido uma das figuras políticas mais controversas do país por conta do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, tornando-se um episódio que chamou a atenção da opinião pública mundial, sobretudo do presidente americano Donald Trump.
Agora o ministro e sua família aparecem nos holofotes jornalísticos por conta da compra de uma mansão no Lago Sul, em Brasília, de 725m2pela quantia de 12 milhões de reais pagos à vista. O valor exorbitante do imóvel foi pago pela empresa Lex – Instituto de Estudos Jurídicos LTDA, de propriedade da própria família do ministro do STF. A esposa de Moraes, a advogada Viviane Barci de Moraes, é sócia juntamente com os outros três filhos do casal.
Chama a atenção o fato de que a remuneração bruta de um ministro do STF atualmente é de R$ 46.366,19, desde fevereiro de 2025. No entanto, Moraes assumiu o cargo em março de 2017 quando o salário era de R$ 36.703,88. Somando-se todas as remunerações recebidas pelo ministro, juntamente com o aumento dado este ano e sem gastar qualquer valor ao longo desse tempo, o valor é quatro vezes menor que o imóvel adquirido. Mas foi a empresa da família que fez a compra da propriedade para…a própria família de Moraes.Detalhe: esta mesma empresa está na mira da Lei Magnitsky (da qual Moraes já é sancionado).
O mais estranho é o comportamento dos “especialistas” de ocasião da imprensa tradicional nada falam sobre o assunto, e os que ousam falam apenas em tom informativo. Lembrando que em 2021 o Sen. Flávio Bolsonaro por muito menos foi acusado de enriquecimento ilícito e prática de “rachadinha” por ter comprado uma mansão de aproximadamente R$ 6 milhões (metade do que foi adquirido pela família de Moraes). O imóvel do senador foi adquirido por financiamento, com entrada de metade do valor (e quitado em 2024) mesmo com documentação comprobatória de que tudo foi feito dentro da lei. O assunto ficou dias a esmo nos portais de notícias até o STJ anular todas as proas coletadas na investigação pelo MP-RJaté o próprio ministro do STF Gilmar Mendes arquivar o caso.
Parece que o olhar investigatório da imprensa tradicional não é imparcial como querem fazer crer e que nem todos são iguais perante a Lei. Aliás, no caso do Min. Alexandre de Moraes, e demais ministros da Suprema Corte em alinhamento com o Executivo Federal, todos são sim iguais, só que uns mais iguais que os outros.
Da redação do PR7News