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VÍDEO-Núcleo de Pesquisa Multidisciplinar da UFMA mapeia bioativos da biodiversidade brasileira

Com o uso de tecnologias avançadas, o Núcleo de Pesquisa Multidisciplinar Baites, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), tem realizado o mapeamento de bioativos na biodiversidade brasileira por meio de ferramentas como inteligência artificial, drones, sensores remotos e análise geoespacial, com o objetivo de otimizar processos e gerar dados precisos sobre a biodiversidade.

O projeto “Inventário de Bioativos” é inovador e busca criar uma plataforma digital para localizar e analisar substâncias naturais com potencial uso em áreas como saúde, cosméticos, alimentos e meio ambiente. Na prática, o projeto permite coletar dados diretamente do campo (com drones e sensores), analisar com IA e organizar tudo em um sistema digital acessível para cientistas e gestores.

O intuito é oferecer uma plataforma tecnológica modular que permita identificar, caracterizar e valorizar recursos naturais, com aplicações em bioeconomia, sustentabilidade ambiental, pesquisa científica e políticas públicas.

O projeto, coordenado pela professora Mikele Sant’Anna, estrutura-se em torno da implantação de um Open Lab de Biotecnologia e das iniciativas da UFMA em prover soluções de impacto social utilizando tecnologias de ponta na área de IA. Está alinhado aos objetivos de desenvolvimento sustentável e visa resolver inventário de bioativos de forma escalável, replicável e garantindo baixo custo na sua adoção em diferentes contextos ambientais.

O superintendente do STI da UFMA e responsável pelo eixo de Tecnologia da Informação do Baites, Anilton Maia, salienta que o uso de inteligência artificial no mapeamento de bioativos gera dados precisos para orientar ações sustentáveis e estratégicas sobre o território. “O mapeamento dos bioativos, com o apoio de modelos de inteligência artificial, permite diversas aplicações estratégicas: monitoramento de recursos naturais, controle de avanço de dunas, apoio ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), estimativas de estoque de carbono e identificação de bens naturais e construídos. Isso fornece dados precisos para decisões sobre manejo, conservação e uso sustentável dos territórios”.

Uso da tecnologia no processo de mapeamento

Foi desenvolvida uma metodologia completa que inicia com a captura de imagens por satélite ou drones, seguida do processamento com algoritmos de visão computacional. A tecnologia permite extrair, quantificar e consolidar métricas biológicas relevantes. Um software específico foi criado para automatizar esse processo, com suporte direto de modelos de IA voltados à análise ambiental.

O processo passa pela captura, processamento, extração, quantificação e consolidação dos resultados.

Anilton Maia destaca que o projeto desenvolveu uma metodologia robusta, uma plataforma com três módulos e modelos de IA capazes de identificar bioativos e estimar carbono, com potencial de expansão para novas aplicações. “O projeto entregou uma metodologia robusta de inventário, uma plataforma composta por três módulos funcionais (Front, Middleware e IA Lake), além de modelos treinados para identificação de bioativos, como palmáceas e estimativas de estoque de carbono dessas espécies. Com a ampliação da pesquisa, é possível agregar ainda mais funcionalidades com novos modelos de IA aplicados a diferentes contextos”, explica.

O inventário de bioativos contribui diretamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), ao apoiar a preservação dos biomas, o uso racional dos recursos naturais e a integração entre conhecimentos acadêmicos e soluções práticas para os desafios ambientais contemporâneos.  “O projeto está alinhado aos objetivos de desenvolvimento sustentável e visa resolver inventário de bioativos de forma escalável, replicável e garantindo baixo custo na sua adoção em diferentes contextos ambientais”, finaliza Anilton Maia.

TV Mirante/Portal da UFMA

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